Não há espelho que reflita a sensatez
A dúvida ou a vontade do saber
O crer, a dor ou a saudade
A luz que em ti nasce ao entardecer
De dentro da vontade nascem rios
Levam em suas águas a lembrança
Daquilo que nasceu por necessário
E mirrou o chão que percorreu
Desaguando
sem passar por nenhum leito
Mas árido era o campo onde corria
Secava todo o sonho que teimava
Ser fonte de um qualquer
sopro de vontade
Se há um espelho que não minta
O mundo refletido nos teus olhos