Quem
me dera ser fim de inverno
Às
malvas mandar os dias tristes
Esquecer
que fui vento, frio, chuva
Que
despido enfrentei o gelo atroz
Perdido
em cinzento nevoeiro
Sem
luz, farol ou lua cheia
Quem
me dera vestir a cor e a luz
Em
dias que se eternizam
Sem
temor de pela noite entrar
Ser
cheiro a feno, papoilas e flor de giesta
Abraçar
o sol por quem tanto esperei
E dormir
sob uma cheia lua de utopias
Num
sonho onde domina a esperança
Quem
me dera o poder ter
De
todos os invernos terminar
5 comentários:
Chego ao final do seu poema, murmurando baixinho, muito baixinho, quase inaudível: "quem me dera". Quem nos dera todos os sonhos realizarmos, quem nos dera que a partir do desejo mudássemos o mundo, e toda a natureza, com suas belezas e contradições? Mas como isso não é possível, já me faço feliz lendo-te, já me dou de presente todos os cheiros que extrapolaram a tela, as palavras e as mais belas metáforas da sua poética, obrigada, Armando, saio daqui ainda mais revestida de poesia e utopias!
Beijo!
;))
Confesso que me concentrei na
tua luminosidade poética e
viajei na utopia dos dias
sempre solares,pelo menos
o cinzento em harmonia
com o dourado...
Poema magnifico,Armando!
Bj.
eu gostei demais deste poema, e também o li assim:
De todos os invernos terminar
Quem me dera o poder ter
Num sonho onde domina a esperança
E dormir sob uma cheia lua de utopias
Abraçar o sol por quem tanto esperei
Ser cheiro a feno, papoilas e flor de giesta
Sem temor de pela noite entrar
Em dias que se eternizam
Quem me dera vestir a cor e a luz
Sem luz, farol ou lua cheia
Perdido em cinzento nevoeiro
Que despido enfrentei o gelo atroz
Esquecer que fui vento, frio, chuva
Às malvas mandar os dias tristes
Quem me dera ser fim de inverno
..
espectaculo
:)
Os Invernos também se abatem.
Abraço,
mário
Que não se apague a luz
dos relâmpagos
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