De um lado
o sol que me invade os sentidos
Nas costas
uma sombra que me tolhe a destreza
Num misto de desejo bipolar
De saltar rumo à liberdade
Ou ficar no meu desassossego
Fugir sem rumo nem destino
Ou recostar-me no sedentário conforto
da apatia
Às malvas atirar o desatino
Da calma recolher o agasalho
Despir-me da capa de aconchego
Ou rumar à eterna fantasia
No meio de pontos extremados
Divididos pelo caudal da sensatez
Corre lento o rio do viver
A uni-los, uma ponte de evasão
7 comentários:
A poesia vai-se instalando decidida, finalmente.
Entre o ir e o ficar, uma ponte a materializar as pedras da distâncias.
Dúvidas reais a que a poesia não ousa responder.
Um beijo
Entre pontes, margens, contrastes...as palavras fazem poesia.
Gostei muito.
beijinhos
Não deve ser por acaso que na imagem (bela) está um banco com dois lados...
Poema de contrastes, um certo lado "bipolar" (tenho um poema que apelidei de Bipolaridade no amor)de que o nosso EU poético é forçosamente revestido em tantos momentos.
A ponte é apenas metáfora, pois, embora una algo, demora um pouco a atravessar. E os sentires, mesmo contraditórios, são simultâneos...
Gostei muito do poema, Armando. Parabéns.
Bjo :)
a ponte e as suas (in)certezas.
muito belo!
:)
Esta ponte de evasão
realçando os contrastes;
luz e sombra
numa inquietude
que também voa...
Sempre bela tua poesia,Armando!
Fiquei hipnotizada pela
bela imagem escolhida...
É bom descansar a alma... para podermos aportar...
Bela foto.
um abraço
Hoje passando para desejar uma Feliz Páscoa , plena de amor e paz, junto de todos que te são queridos.
Um beijinho
Sonhadora
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