Consulto o calendário intemporal
Das horas que vivemos sem saber
Do tempo que infinito imaginava
Embora contado em minutos
De um todo que era apenas
Uma ínfima parte do prazer
Consumimos os segundos dos momentos
Que a areia branca acolhia
E em palavras entrecortadas
O vento contrafeito sussurrava
Perdia-me num refúgio imaginário
Convertido no único sentido possível
Que os dias podiam almejar
Seria assim tangível o irreal
Ou a vontade de o infinito alcançar?
8 comentários:
A irrealidade do tangível "tem razões que a razão desconhece".
Desejos de eternidade na finitude dos momentos por desdobrar.
Um beijo
Maravilhoso meu amigo. Adorei. Beijos com carinho
irreal ou não, é bom viver e sonhar nossos sonhos...
muito belo!
:)
Todo poeta precisa da matéria
dos sonhos,decifrado ou não
pelas palavras.Os sonhos
(imaginário) emana o encanto
na poesia...
Sempre encantadamente belo!
Linhas paralelas
que se tangem
Wow, belíssimo!
Um rasgo certeiro na beleza do poema...
abraço
O tangível nem sempre depende de nós.
Questões que a poesia resolve.
Gostei da cadência.
Beijo
No recolhimento de um diálogo silencioso, o tempo e o espaço são colocados fora de nós. E aí nasce o mais intenso sentir poético.
O teu poema situa-se nesse patamar.
Bjo, amigo :)
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